Unidentified Flavourful Object
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Unidentified Flavourful Object Entrar

Criar, sonhar, jogar .É mais que lógico é chocológico!


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

power_settings_newInicie sessão para responder
+3
Youta
Lulu
Cyber
7 participantes

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Ao longo da música, os outros foram chegando. Mikall ficava cada vez mais assustadoramente parecido com Sunao. Não sei se eu sobreviveria a dias samambaias na minha vida...

E logo enquanto eu pensava nisso, a samambaia-pai entrou na sala. Kokoa logo se empuleirou no ombro dele. Bom, agora sim eu poderia explicar o plano a quase todos.

E então, eu ouvi uma nota fora de tom, mas que não veio do piano, e sim das emoções de Caliope.

Certo, o primeiro contato com Keeva era sempre, no mínimo, uma experiência inusitada. Me sentei um pouco mais ereta; pois logo atrás de Keeva, viria o outro lobo, muito mais ameaçador, pois vestia pele de cordeiro.

Voltei minha atenção para Calíope, que coçava Keeva, enquanto me respondia ;


Caliope escreveu:

– Faço essa pergunta todos os dias e odeio esse título desde o primeiro dia. Porém, quando somos fortes tendem a nos colocar sobre a sombra de um homem ou alguma outra pessoa mais velha. Fico feliz que todos tenham gostado! Olá, Hank, sou Caliope, amazona de Lira.



- O mundo dos homens é um lugar horrível para uma garota forte. - eu dei de ombros. Também tinha minha própria cota de apelidos desagradáveis - O que é no mínimo irônico, considerando que servimos uma deusa da guerra. - eu gosto os olhos, aguardando a outra voltar a ser sentar.

Quando ela perguntou novamente sobre nossa missão, eu olhei para Sunao e depois para Mikall. Bom... O plano era meu afinal de contas...

- Bom, em um resumo MUITO resumido... Humanos encontraram Oricalco fora dos domínios dos lemurianos. E então, ele foi roubado. E agora temos dobrados de cosmo com armaduras de oricalco causando problemas por aí. - sim a explicação era porca - Nós precisamos descobrir quem são essas pessoas que estão ligando com o oricalco. Se eles realmente sabem no que se meteram, ou se apenas deram a maior sorte da vida deles. - eu peguei ar, me levantando. Era hora de explicar os detalhes - Para tirar essas raposas da toca, nos vamos usar um coelho. Conseguimos montar uma exposição de arte em nova Iorque, e fizemos com que a notícia corresse pelas vizinhanças corretas. Nosso trabalho é separar quem veio ver a arte e quem veio ver essa belezinha aqui. - de dentro do bolso do meu casaco, eu tirei um ENORME pingente no formato de uma cabeça de coelho, esculpido evidentemente em Oricalco.

Bruno havia isso aquele pingente para todas as fotos de divulgação da galeria, e usaria ela no dia também.

E nós teríamos nossos papéis a desempenhar.

- Para podermos ficar de olho nesse tipinho, nos vamos ficar escondidos beeeeeem à vista. E eu preparei nossos papéis para isso. Sunao, você será o segurança particular estoico com cara de poucos amigos. Isso vai te dar um bom motivo para fazer suas cotar favoritas; usar preto, não falar com ninguém e observar os arredores. - eu comecei a distribuição, apontando para o cavaleiro mais velho - Apenas seja você mesmo e tudo vai dar certo. Mikall! - eu me virei para meu "irmão" com um sorrisinho - Tente arrancar algo dos mais suspeitos. Você será um investidor de metais raros. Se quiser, contrabandista. Apenas faça alguns amigos, sim? - eu odeio para a pouca expressão dele. Talvez aquilo seria mais difícil do que eu imaginava? Eu me viro para o lado oposto da sala, tentando terminar aquilo antes que o chefe chegasse - Calíope e Hank; como nem todos nós podemos ser figuras suspeitas, vocês serão o foco de normalidade; um inocente casal hipster, amantes da arte urbana e fãs sinceros do expositor. Vocês vão conseguir circular por toda a galeria e ouvir a maioria das conversas. Os sentidos de Hank são aguçados o bastante para pegar as conversas no ar e Calíope entender de arte o suficiente para manter a veracidade do disfarce. - me apoiei à janela o mais longe possível de onde Hank estava sentado e voltei minha atenção a todas as outras pessoas da sala

- E eu vou cuidar dos imprevistos, estando colada em Bruno, como uma boa namorada-troféu. Eu já comprei as roupas que vocês vão usar, então, disfarces não serão um problema. Dúvidas?

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Não era todo dia que se via um animal daquele, um alfa de alguma matilha talvez. Grande demais pra ser dessa região do país. manso demais para ser totalmente selvagem, mas seu olhar não era morto e apático como os animais do zoológico, dava para sentir ainda a fúria de um predador nele.

Logo após entra um rapaz e se apresenta.


Hank de Lobo escreveu:
...meu nome é Hank e este é o Keeva, meu amigo. Uso a armadura de lobo.



Baseado na informalidade com o Lobo, Caliope e o Cavaleiro recém chegado parecem se conhecer. Lygia ficou um pouco desconcertada com a aparição do rapaz. Ela disfarça bem. seja já o que tenha acontecido entre ela e esse rapaz... Bem não é da minha conta.

Depois das formalidades, Lygia começa a descrever nosso plano de ação. Uma armadilha, atrair o inimigo com uma boa isca. É um bom plano. Até começar a distribuição de papeis... Quando ela sorriu daquela forma eu já sabia que viria algo bem ruim pra mim.

Lygia de Pavão escreveu:
- - Mikall!! Tente arrancar algo dos mais suspeitos. Você será um investidor de metais raros. Se quiser, contrabandista. Apenas faça alguns amigos, sim?


Dito e feito! Localizar possíveis interessados não seria problema, mas socializar seria... < Suspiro > Problemático.

Ela prossegue distribuindo papeis, enquanto me aproximo de Sunao discretamente...

[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 336596
- O que você acha de tudo isso? Ainda confiando cegamente na GRAAD?

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Durante um bom tempo o cavaleiro de corvo esteve preocupado com os arredores. obviamente haviam câmeras de segurança, mas nenhuma que estivesse posicionada de modo a espioná-los, a música terminou, e não demorou muito tempo até Hank entrar com Keeva, um gigantesco lobo que o acompanhava onde quer que fosse. A seguir Lygia explanou o plano. 
O cavaleiro ouviu atento sabendo de sua função. 


Lygia de pavão escreveu:
- E eu vou cuidar dos imprevistos, estando colada em Bruno, como uma boa namorada-troféu. Eu já comprei as roupas que vocês vão usar, então, disfarces não serão um problema. Dúvidas?


- É um bom plano, Não tem como melhorar mais do que isso levando em consideração as informações que dispomos - Respondeu durante uma das pausas da amazona de pavão



Mikall de Órion escreveu:
- O que você acha de tudo isso? Ainda confiando cegamente na GRAAD?

 Mikal falou baixo, sem virar ainda encarando as meninas que conversavam sobre os detalhes dos plano. realmente, eu estava pensando a um bom tempo sobre a fundação Graad:

 - O presidente da fundação Graad tem extrema confiança do Grande Mestre e de Athena. o que sei, é que ele é um dobrador de cosmo também, e goza de grande prestígio no santuário desde antes de nós nascermos. então não temos motivos para desconfiar. Porém, é da minha natureza acautelar-nos mesmo nestes casos, É bom que se acautele também. Confie desconfiando sempre. como você viu durante nosso transporte, já haviam inimigos nos esperando, No mínimo, alguém já estudou a fundação ou o Santuário o suficiente para descobrir um dos nosso pontos de extração. 

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyDefinição... Ou Indefinição?

more_horiz
A conversa na sala estava fluindo bem. Lygia sabia exatamente o que fazer, quais funções delegar e os cavaleiros entendiam seu plano. Ela passou os pacotes aos demais integrantes do grupo, enquanto lhes passava as tarefas. Mas dentro de si, ela sabia que aquela missão seria difícil. Não pelo grau de periculosidade, não pelo desconhecido, mas pelo incidente em Tóquio, na noite anterior. Ela mal conseguira se recuperar do ocorrido e já recebera um pacote em sua casa na manhã seguinte, endereçado a ela por Elisa. A amazona mandara o pingente de oricalco com um lindo ramalhete de crisântemos amarelos com um pequeno ramo de miosótis no meio. A amazona era mesmo sábia e aquelas flores tinham significados, que a deixaram tocada e ajudaram a prosseguir em frente.

Crisântemos (os amarelos e originais) tinham a ideia de felicidade e vida plena, ao passo que o miosótis significava fidelidade e recordação, além de ser chamado de “não-me-esqueças”. Em outras palavras, Elisa dizia para que ela se lembrasse da amizade de ambas, que sempre seria feliz e plena. Pelo menos foi o que a amazona de pavão tirou daquilo, e fosse como fosse, serviu para que ela se sentisse melhor.

O que não tornava mais fácil ficar na presença de Hank, mas de certa forma, favorecia o controle dela sobre si mesma.

Enquanto isso se passava na mente da amazona, Hank recebeu suas instruções, mas parecia já saber o que fazer. Ele evitou os olhos de Lygia ligeiramente e manteve sua postura profissional quando recebeu o seu pacote, de forma a chamar atenção pela mudança brusca de comportamento, pois ele havia sido aberto com todos da sala, momentos antes.

Keeva, por sua vez, não imitou o dono. Ao ser cumprimentado pela amazona de lira, Calíope, o animal foi até ela e simplesmente estendeu a pata como um cão treinado. Algo bem surpreendente, pois foi como se o próprio animal tivesse tomado esta decisão mediante o cumprimento da amazona, o que denotava aí algum intelecto superior.

A amazona de Lira ficara por sua conta surpresa com o nível de afinidade de ambos os cavaleiros daquela sala com seus animais. Já tinha ouvido falar do cavaleiro mais experiente em tempo de formação do Santuário, o famigerado Sunao , da constelação de corvo. Ele era um pouco sombrio e assustador e dizia-se que seu cosmo era capaz de matar mesmo aliados. Ele também era conhecido por sua fama de ser frio, calculista e impiedoso em suas missões. Dizia-se também, a respeito dele, que andava sempre com um corvo a tiracolo e que este era uma de suas armas de combate. Ela com certeza notara o rumorejo de asas batendo sob sua cabeça e vira a ave pousando no ombro de seu dono. Os olhos cinzentos dele olhando a área, quase combinando com os olhos castanho avermelhados do pássaro formavam um aspecto assustador e taciturno, que de forma alguma Sunao se preocupava em aliviar. Era um nível de afinidade incrível, pois Sunao sequer dera um comando para seu corvo, ao passo em que Keeva precisara de um afago em suas orelhas e de um leve silvo de seu dono para relaxar.

Com certeza a personalidade de Sunao batia com o descrito, mas Athena confiava nele por algum motivo e apesar da Lira não saber qual era, ela aprendera com Leila a não questionar os desígnios da Deusa, por ela era sábia e inteligente. Decerto, ela sabia o que estava fazendo para manter Sunao em suas fileiras.

Mikall, por sua vez, não tardou a notar o comportamento dos dois lobos. Aquele cumprimento por parte do animal não era tão surpreendente para ele, pelo longo convívio com Kokoa, o pássaro de seu instrutor, mas era digno de nota que um cavaleiro de bronze tivesse desprendimento cósmico o suficiente para ter esta ligação com um animal, ainda mais um daquele porte. Mas ele realmente ficou um pouco interessado na reação de Lygia e do adestrador, no caso, Hank. Eles realmente pareciam ter algo entre ambos, e tudo que Mikall conseguia pensar era em quando aquilo teria acontecido. De qualquer forma, aquilo não era algo necessário para se saber para a missão. Mikall poderia interpelar a amazona de pavão mais tarde sobre o caso, se assim desejasse.

Enquanto todos tinham suas conjecturas sobre o que acontecia na sala, de uma forma ou de outra, Sunao já parecia saber como proceder naquele plano. Talvez tivesse uma ou outra ressalva mental, mas precisava conhecer o terreno onde iriam operar para construir uma estratégia mais coesa. De qualquer forma, em terrenos fechados e com espaços e saídas limitados, ele poderia fazer mais coisas com suas habilidades do que simplesmente seguir os potenciais alvos com seus próprios pés.

Súbito, ele se recordou que a cidade de Grand New York tinha sua própria população de corvos. O cavaleiro se permitiu um sorriso reticente e discreto que logo sumiu de sua face. Além da satisfação em rever a sua “família” novamente, poderia posicionar corvos em toda a edificação e ficar recostado em uma postura de vigilância, enquanto usava os corvos como literais “câmeras de segurança cósmicas” e observava todo o lugar sem precisar se mexer.

Após Lygia passar suas instruções, restava saber se eles tinham ainda alguma dúvida sobre os pormenores e como se organizariam a respeito do plano de ação em geral. Além, obviamente de fazerem uma avaliação básica a respeito das habilidades de Calíope, pois era a única que Mikall, Lygia, Sunao e Hank não conheciam em combate.

Enquanto tomavam as decisões, era possível notar um cavaleiro de aço parado no corredor de onde tinham vindo, protegendo a sala onde estavam, mas distante o bastante para não escutar o que diziam, sequer usando o cosmo.
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Do6yiq-dcf099af-2633-4770-8967-1ce1e01989a2.jpg?token=eyJ0eXAiOiJKV1QiLCJhbGciOiJIUzI1NiJ9.eyJzdWIiOiJ1cm46YXBwOjdlMGQxODg5ODIyNjQzNzNhNWYwZDQxNWVhMGQyNmUwIiwiaXNzIjoidXJuOmFwcDo3ZTBkMTg4OTgyMjY0MzczYTVmMGQ0MTVlYTBkMjZlMCIsIm9iaiI6W1t7InBhdGgiOiJcL2ZcLzFmNDVhNDJhLTgyZmQtNDU0ZS05YzY5LTRkMzZjZWQ2NDQzMlwvZG82eWlxLWRjZjA5OWFmLTI2MzMtNDc3MC04OTY3LTFjZTFlMDE5ODlhMi5qcGcifV1dLCJhdWQiOlsidXJuOnNlcnZpY2U6ZmlsZS5kb3dubG9hZCJdfQ
Com as análises de Sunao, Lygia e Mikall, aquele cavaleiro estava apenas cuidando de sua segurança, visto que o incidente parecia ter preocupado a fundação tanto quanto aos cavaleiros de prata. Uma coisa era certa, Shoutaro parecia preocupado com o ocorrido. E para ter reforçado a segurança, ele parecia disposto a lutar de volta.
[E é isso, meus amores. Uma ação longa, mas apenas para explicar algumas coisas. Continuem interagindo que logo, logo, chega o senhor Shoutaro. Vocês vão gostar do que vem por aí. 
Ordem de postagem:

Calíope
Lygia
Mikall
Sunao
E fiquem com mais uma das minhas frases tiradas de personagens da cultura pop, mas desta vez, sem contexto: Besourosuco, Besourosuco, Besourosuco!]

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 K0PiodO

O animal a cumprimenta mostrando uma educação, o coração de Caliope se derrete, mas ela mantém sua postura.  Por outro lado, o corvo na sala a intimava, assim como seu dono. Conhecia sua fama e muitas vezes se perguntara como ele ainda não havia conseguido uma armadura dourada.  Sunao, Lygia e Mikall formavam uma bela equipe, somente ela e Hank destoavam daquele grupo. A outra amazona ali tentava mudar isso conversando mais com a jovem Lira, sinal de sabedoria. Afinal, uma equipe precisa saber agir em grupo, caso não, aquela missão teria um único destino.... falhar.

Lygia começa a explicar o que estava acontecendo, finalmente uma missão séria e perigosa, como Caliope tanto sonhou. Ela escutava atentamente o plano da amazona de Pavão, bem elaborado, mas só então quando descobriu o papel que desempenharia, conseguiu entender porque sua Mestra a mandou nesta missão.  Leila sabia que Caliope estava acostumada a lidar com o público, fazia isso em suas apresentações, pois sempre tinha um ‘fã’ ao fim do show.  Porém duas coisas poderiam complicar: ela era uma figura conhecida - não uma grande popstar, mas tinha seu nicho. -  E, bem, ela não sabia lidar com garotos.  

- Er... ouvir vai ser algo bem fácil. Ainda mais quando houver algum suspeito. -  Disse um pouco tímida. Provavelmente eles não sabiam, mas possuía uma audição bem mais aguçada que qualquer um ali.   – E fui criada para entender muito de arte. . – Riu sem graça. – Lygia, vou precisar de uma peruca algo que mude bastante minha aparência, você pode me arrumar?

Preferia ignorar a parte que deveria interagir com um rapaz e deixar que a Caliope do futuro pensasse nisso. A o presente se preocupava em não ser reconhecida, pois isto poderia prejudicar toda missão.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Conforme eu discorria sobre meu plano, as reações foram mais ou menos o que eu esperava, e eu também não havia encontrado muita resistência. Bom, modéstia à parte era um bom plano. E considerando, que não tínhamos muitas outras opções, era um excelente plano.

Sunao emanava sua costumeira satisfação estoica e Mikall tinha notas de preocupação. Novamente, nenhuma novidade ali. Eu faria um breaffing sobre socialização com seres humanos com aquele rapazinho em breve.

Infelizmente, seria muito rude simplesmente jogar o pacote para Hank, e eu tive que entrar naquela aura de caçador que me dava nos nervos. Tentei me focar no “brinde” que Elisa me enviara junto com o pingente, e deixei minha mente subir até meu quarto, no andar de cima. Me forcei um sorriso neutro enquanto estava dentro daquela, com meu olhar simplesmente passando por Hank sem realmente vê-lo, me voltando para Caliope, que era a última que recebia suas peças.

Ansiedade vibrava ao redor dela; a típica ansiedade antes da primeira missão. Um pouco de receio, sempre, mas a empolgação cortejava a cautela perigosamente. Hank seria um bom freio para ela. Ao me aproximar, pude notar um certo receio, mas nada ligado ao perigo ou à função. Era algo pessoal, que quase me fez erguer uma sobrancelha. Um tom claro, levemente rosado, como o rubor de uma donz...


Caliope escreveu:

- Er... ouvir vai ser algo bem fácil. Ainda mais quando houver algum suspeito. - Disse um pouco tímida. Provavelmente eles não sabiam, mas possuía uma audição bem mais aguçada que qualquer um ali. – E fui criada para entender muito de arte. . – Riu sem graça. – Lygia, vou precisar de uma peruca algo que mude bastante minha aparência, você pode me arrumar?


A voz de Caliope me fez parar de me meter onde eu não era chamada. Eu sorri para ela de forma calorosa. Sunao e Mikall provavelmente sentiriam o arrepio da Morte a lhes correr pela espinha se vissem o meu sorriso naquele exato momento.

- Não se preocupe; quando eu terminar contigo, nem sua armadura vai lhe reconhecer... – brincadeiras à parte, era ótimo saber que Caliope tinha confiança em conseguir ouvir mais do que o óbvio. E melhor ainda a confirmação dela sobre sua educação.

Após terminar as preparações, eu relaxei meu cosmo, deixando-o se esticar preguiçosamente pelo corredor. Por que afinal de contas alguém achava que um cavaleiro de aço era necessário para guardar uma sala cheia de prateados?

Eu não era capaz de saber o que se passava na cabeça daquele garoto, mas poderia decifrar seu coração sem ser invasiva. O que será que suas emoções poderiam me dizer, rapaz?...

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Sunao de Corvo escreveu:
- O presidente da fundação Graad tem extrema confiança do Grande Mestre e de Athena. o que sei, é que ele é um dobrador de cosmo também, e goza de grande prestígio no santuário desde antes de nós nascermos. então não temos motivos para desconfiar. Porém, é da minha natureza acautelar-nos mesmo nestes casos, É bom que se acautele também. Confie desconfiando sempre. como você viu durante nosso transporte, já haviam inimigos nos esperando, No mínimo, alguém já estudou a fundação ou o Santuário o suficiente para descobrir um dos nosso pontos de extração.


A situação não era boa, estava com dúvidas sobre nosso maior e mais antigo aliado e a ambiguidade do meu mestre não estava ajudando, pensei em prosseguir a conversa, uma réplica me veio na mente, mas achei melhor não falar. Sunao era um Cavaleiro que estava na ativa antes mesmo de eu sequer imaginar o que era o cosmo, e tenho certeza que muitas das missões que ele fez foram auxiliadas pela GRAAD. Não daria em nada um novato como eu tentar convencê-lo.

  Me volto para janela na qual eu estava antes, essa de longe é a escolha mais tentadora, a chuva ainda não tinha parado e eu poderia relaxar meus pensamentos por um longo e merecido tempo. cada gota que cai me deixa mais tranquilo... NÃO! se isolar por melhor que seja não ajudará na missão! terei tempo pra isso depois!

 Socializar... Meu calcanhar de Aquiles, não consigo imaginar Lygia fazendo isso de forma não proposital para me enfurecer, pois se eu soubesse como expressar esse sentimento, certamente era assim que eu estaria. Poderia começar treinando falar com estranhos usando os que chegaram agora como cobaias, Hank de Lobo... não. Ele parece do tipo monossilábico, não seria uma conversa proveitosa, portanto perda de tempo....

 Calíope de Lira. “A filha de Cefeu”.  Senhor Giovanni sempre foi um exemplo pra qualquer cavaleiro. Ele não era um sem ninguém que veio do nada como a maioria de nós. Possuía coisas que grande parte dos homens passa a vida toda desejando e nunca alcançará, posses, poder, Família... E deixou isso tudo para ter uma vida devotada a Atena e a paz na terra. Não é só um exemplo de cavaleiro, mas de ser humano, não é atoa que a filha seguiu seus passos. Deve ser bom ter um pai assim, ela deve ter orgulho disso. Talvez iniciar uma conversa com ela sobre o pai seja uma boa forma de nos conectar... Sim eu farei isso, começarei com um elogio ao pai dela, depois falo de experiencias que tive com ele e dependendo de como fluir eu sigo em frente.

caminho em direção a ela quando sinto algo atravessando minha barreira...

DESCRIÇÃO DE TÉCNICA escreveu:
Nome: 6º Sentido

Tipo: Constante

Descrição: Por conta  de seu cosmo elétrico e as altas cargas que passam pelo seu corpo involuntariamente Mikall criou um campo elétrico ao seu redor. com o passar dos anos esse campo se expandiu. Hoje ele consegue sentir onde e quando acontecerão terremotos, maremotos ou tempestades. Aliado a um estudo sobre comportamento humano ele pode ler as reações das pessoas (Não é 100% pois o próprio estudo de comportamento não se a plica a todos, portanto deixarei a leitura das pessoas a critério do Mestre) E por fim esse campo torna praticamente impossível que ele seja pego de surpresa (Digo praticamente pois no universo de SS sentir a chegada de alguém mais forte não significa que vou desviar de todos os seus ataques)  


... Lygia... Seu cosmo estava indo além do raio de defesa padrão de um cavaleiro, um esforço para expandir, outro esforço para deixar a expansão quase imperceptível. E todo esse esforço conjunto para... Lógico! Xeretar a alma do cavaleiro de aço que está no final do corredor. Por que não? Parece bem mais proveitoso. Me aproximo dela o suficiente para que um sussurro possa ser ouvido.

- Entrando escondido alí Lygia? Tomaria um certo cuidado, Ele parece ser bem jovem, provavelmente é a primeira vez que vê uma Amazona. E logo duas de Prata? A já esperada admiração, somada a beleza de vocês duas... Tem  certeza que quer ler a alma dele Agora?  

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Sunao encarava a janela, após ser interpelado por Mikall. Enquanto a conversa corria, ainda dentro do cômodo da mansão GRAAD, Sunao deixou transparecer alguma tranqüilidade. A cidade de Grand New York, como toda grande metrópole, estava repleta de corvos, o que facilitaria bastante o seu trabalho. Bastaria enviar Kokoa para comandar estes corvos e alocá-los em pontos específicos do prédio onde aconteceria o evento. E o melhor, não seria preciso difundir cosmo para isso. Se o objetivo era achar pistas dos inimigos, o melhor era não deixar pistas rastreáveis de forma alguma. Então ele deixaria alguns espalhados pelo prédio e outros próximos do centro de convenções. Não precisaria de um sinal ou de um sibilo para ordená-los a fazer o que era preciso que fosse feito. Levaria um tempo, e aos poucos traria uma boa quantidade de corvos para os arredores, em compensação os deixaria alocados de forma estratégica pela cidade. Considerando que um inimigo ao nível dos cavaleiros de prata alcançaria mach dois e talvez mach três, que seria aproximadamente 340 metros por segundo, seria bom cobrir uma área circunférica que equivaleria ao percurso percorrido pelo inimigo em caso de uma fuga.
 
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Lukasm10


‘”Não sei se a percepção dos corvos sem meu cosmo seria capaz de enxergar alguém tão rápido aqui de baixo”, ponderou Sunao.  
 
 
”Para isso seria melhor a visão de alguma ave de rapina. Muito embora corvos tenham uma capacidade de aprendizado enorme e protagonizem muitas histórias curiosas.”
 
Sunao, então, se divertiu internamente ao se recordar de uma história célebre, que não vinha da mitologia, e sim do cotidiano. Havia um homem, em algum lugar do país onde estavam no momento, que viu alguns corvos em seu quintal e resolveu jogar pães para eles comerem em um dia frio.
 
 
Com o tempo, isso virou hábito e ele começou a fazê-lo todo dia. Em agradecimento, os corvos em começaram a trazer a ele qualquer coisa brilhante como que para recompensá-lo de volta. A história, então tomou um rumo inesperado. Os corvos um belo dia, trouxeram-lhe pequenas moedas, na moeda corrente do país inclusive. O homem então decidiu usar estas mesmas moedas para comprar pães de melhor qualidade para dar as aves, pois era o mais justo.
 
 
Os corvos têm uma inteligência ímpar comparados às outras aves, e rapidamente entenderam o que deveriam fazer para conseguir o pão de melhor qualidade. Eles começaram a trazer várias cédulas e moedas do dinheiro corrente ao homem para que continuassem comendo aquele pão.
 
 
Esta história mostrava que com alguns comandos simples e exemplos básicos, os corvos eram capazes de aprender coisas simples e/ou um pouco mais complexas. Isto era mais do que o bastante para dar andamento ao plano.


Após Mikall ter falado com o cavaleiro de Corvo, este havia ido ter com Lygia, o que fez com que Sunao se recordasse de algo que vinha lhe incomodando à respeito da amazona. Então se virou para a mesma, aguardou que ela terminasse de falar com o cavaleiro de Órion e sinalizou discretamente para ela pedindo uma conversa particular. Ele se aproximou de Lygia e ela então fez gesto para se dirigirem para um dos cantos do longo salão, longe das câmeras ou dos ouvidos de quem pudesse ouvir.
 
 
Lygia ergueu uma sobrancelha, e cogitou provocar Sunao sobre aquilo não ser hora para um encontro. Mas a expressão dele era séria o suficiente para ela cogitar não fazê-lo. Olhou discretamente para as câmeras das quais eles estava se afastando e voltou atrás em sua decisão.
 
 
Aquilo era exatamente o que ela precisava, por isso, ajeitou o cabelo para trás da orelha sorrindo encabulada:
 
- Mas você realmente acha que isso é hora para um encontro?

Lygia sempre foi bem humorada, e algumas vezes petulante. Sunao percebera agora o quanto isso o aliviava quando estava no meio de uma Brainstorm:


- Sim, acho. - Respondeu sem emoção, ou ao menos, tentando sem sucesso emular alguma simpatia. E a guiou segurando-a pelos ombros. O casal parou em um ponto daquele corredor envolto em penumbra, posicionou Lygia de modo que suas costas estivessem protegidas pela parede, mas que as costas de Sunao fossem vigiadas pela amazona. Encarou-a por alguns segundos como se buscasse as palavras corretas - o que por si só já parecia algo estranho para a amazona - e por fim, após respirar fundo começou:
 
 
- Tem algo me incomodando já há algum tempo, mas achei melhor falar agora. Não que me importe sobre seus relacionamentos pessoais, mas o quão íntima você está do cavaleiro de lobo?
 
 
Lygia já estava estranhando aquilo tudo, mas resolveu seguir com a música. Mas quando ouviu a pergunta, ela piscou uma vez, confusa.
 
 
Ela esperava qualquer coisa, desde suspeitas sobre a fundação, quem sabe trabalho daquela equipe recém formada... Em seus mais loucos delírios, Lygia poderia esperar um pedido de desculpas por Sunao ter arruinando sua tática de obtenção de informação.
 
 
Mas aquilo fora inesperado o suficiente para esconder qualquer outro sentimento que pensasse em aparecer na expressão dela.
 
Lygia apertou os olhos, analisando Sunao, como se procurasse alguma modificação naquela não-expressão que ele sempre usava.
 
- Eu "estou"? Sunao... Só que... De que está falando?
 
- Temos uma espécie de cumplicidade quando lutamos juntos, isso significa que até nossos movimentos involuntários são naturais, mas se pretende fingir que não se conhecem para o bem do disfarce sugiro serem mais naturais. – Apontou o cavaleiro de Corvo. – Vocês desviam o olhar um do outro. E se eu percebi isso, o inimigo também perceberá o embuste.
 

Por um momento, Lygia mirou um ponto sem nada de especial entre a cabeça de Sunao e o teto, refletindo. Não, ele não ia entender.
 
 
- Eu não estou íntima de ninguém. - E aquilo era verdade. - Eu não perco meu tempo com essas coisas, imagine! –
Desviando olhares... Você acha que eu sou uma donzela tímida do século XVI ou algo assim? - Lygia fez então uma expressão incomodada, que também era sincera. – Ele quem está agindo esquisito, todo formal e composto. Todos os bronzes são estranhos assim?
 

- Ah, entendo...
 
O cavaleiro de corvo baixou levemente a cabeça levando uma das mãos ao queixo, enrijecendo um pouco a expressão como se a dificuldade em compreender os sentidos das palavras pesasse para si. Na verdade, também estava emulando. Sabia que Lygia lhe escondia algo, mas manteve sua expressão ou, como a amazona falava, “não-expressão” de sempre. Anos usando esta expressão estóica, somados ao seu autocontrole lhe davam vantagem neste terreno. Assim, podia fingir que não havia compreendido nada.
 
– Serei mais simples então: como você já deve ter entendido, a maneira como vocês estão agindo um com o outro está muito artificial. Antes de colocarmos o plano em prática, você precisa resolver esta questão. Você Calíope e Hank são de longe mais sociáveis do que eu e Mikall.
 
 
Detesto admitir, mas nós somos as falhas possíveis num plano como este, mas ainda podemos bancar o Japonês e o europeu rígido que conseguimos resolver um possível contratempo.
 

Lygia ergueu a sobrancelha e mediu Sunao de cima a baixo e depois de baixo a cima.
 
- Nem mesmo os cavaleiros de ouro chegam aos seus pés em estranheza... - e seus lábios se torceram num risinho mal-contido.
 
 
– Você é um segurança justamente por causa disso; não precisa socializar. Mikall só tem personalidade de um ser irritante. Como ele sempre. É ótimo para passar por contrabandista-prodígio europeu. Sabe, um ou outro comentário petulante aqui é ali, como ele sempre faz, e depois é só deixar os bandidos falaram. Esse tipo gosta de falar. – E ela suspirou, esticando os braços para trás num alongamento preguiçoso – Eu não vou nem saber que Hank existe como deveria. E ele pode desviar o olhar encabulado de minha personagem o quanto ele quiser. Te garanto que não será o único... - E sorriu entre enigmática e provocante. Lygia sabia que a melhor forma de esconder algo, era dar outra coisa para as pessoas olharem.

Sunao confiava plenamente em Lygia, sempre acreditou que após envergarem suas armaduras, ela e Mikall seriam bem melhores que ele. Talvez o excesso de cautela estivesse chegando a um nível que não condiz com sua conduta habitual. Deixou-se convencer pelas palavras da amazona de pavão, mesmo sabendo que ela não lhe contara tudo. Neste quesito, mesmo ele não tinha como manter ou sustentar um debate com ela:
 
- Tudo bem, talvez eu admita que tenha me equivocado. Faz um tempo que tenho me sentido estranho. Impaciente e ávido pelas respostas como se não houvesse um amanhã... E Acho que lhe devo desculpas pelo último episódio e por quase ter atrapalhado sua performance.

- Desculpas soam bem. Estranho, mas bem. – Lygia ponderou, divertida e feliz em mudar o rumo da conversa. – Não é normal você se precipitar assim. Vamos colocar essa cabeça no lugar? Se continuar nessa pressa destrambelhada, pode de fato Não. Haver. Um. Amanhã.
 
Lygia pontuou suas últimas palavras batendo de leve com o dedo indicador na ponta do nariz de Sunao, com humor.
 
 
Após os ligeiros golpes, Sunao então ensaiou um sorriso, como o que se dá a uma criança, o que para sua neutralidade de sempre era uma verdade mudança de expressão. Dado por satisfeito, Sunao apenas murmurou um “Vamos trabalhar” para Lygia e voltou à janela, aguardando a chegada de Shoutaro.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyNão meta o nariz (ou as orelhas) onde não é chamado.

more_horiz
A sala estava bem movimentada, mas sem sombra de dúvidas, Lygia tinha as respostas para as dúvidas de Mikall e Sunao. A interação com Mikall foi rápida e um pouco decepcionante, se considerassem o que estavam esperando encontrar no cavaleiro de aço recostado ao corredor. O que era possível sentir no rapaz era uma preocupação com o ambiente, um estado de alerta, um foco determinado ao corredor que levava à sala, e não aos prateados. Parecia ter sido incumbido não de tomar conta dos prateados, mas sim da edificação. Provavelmente, aquele corredor que levava à sala onde estavam os prateados deveriam ter algum acesso externo.

Forçando muito pouco a mente, Lygia e Mikall se recordaram que o corredor em questão tinha uma janela panorâmica que dava para os jardins da mansão, e muito provavelmente era essa janela que o cavaleiro estava guardando. Um cavaleiro daquele não tinha nível para esconder qualquer coisa que fosse dos prateados, e ele realmente parecia pouco preocupado com estes.

A conversa com Sunao fora um pouco surpreendente, mas menos tensa do que Lygia poderia supor, dadas suas interações regulares com o cavaleiro de corvo. De qualquer forma, a amazona estava quase relaxada (mas não de guarda baixa), quando se lembrou da audição aguçada de Hank. Com um ligeiro esgar de pânico, ela volveu seus olhos para o lobo, mas Hank não dava sinais visuais e nem emocionais de tê-los ouvido. Na verdade, Hank estava se levantando neste momento e se dirigia à amazona de Lira, Calíope. Decerto, ele iria tratar os pormenores da missão. Novamente, Lygia sentiu o incômodo subir à garganta: Hank não havia sido rude com ela em nenhum momento, mas mostrava-se profissional e focado quando o assunto era a amazona e isto a aborrecia, sem que ela soubesse exatamente o porquê.

De qualquer forma, Hank poderia não ter ouvido a conversa, pois sua habilidade de sentidos aguçados precisava ser ativada, mas Calíope sim. A amazona de Lira tinha uma audição fora de série e realmente ouvira todo o teor da conversa entre Lygia e Sunao. O que aquilo queria dizer, exatamente? Lygia e Hank tinham algo? Fosse como fosse, ela teria que pensar sobre aquilo depois, pois naquele momento, Hank se aproximara dela, pronto para conversar.

Keeva, o fiel companheiro de Hank esticou as patas e se espreguiçou, deitando-se entre a amazona e o cavaleiro, quando o índio se aproximou dela e sorriu amigavelmente para a moça:

- Keeva é bem inteligente, não é? Ele desenvolveu bem mais do seu intelecto do que os outros lobos. Mas na verdade, eu tenho que trabalhar no temperamento dele... Ele está mais manso, temo que ele tenha esquecido como se caça.

Ao ouvir esta frase, Keeva ergueu a cabeça, como que insultado e voltou a deitar novamente, expirando ar do focinho. Hank sorriu e afagou-lhe as orelhas, dando um leve riso:

- É brincadeira, meu amigo. Você é um caçador forte e experiente, como sempre. Bem, mudando de assunto, nós dois vamos trabalhar juntos. Quer combinar algumas coisas para ficar mais confortável com isto?

O cosmo de Hank era quente e reconfortante, como uma lareira em um dia frio, como uma fogueira no relento, o que deixava as coisas mais fáceis. Mas não significava que uma proximidade daquelas facilitava muito as coisas.

Após as assertivas e descobertas dos cavaleiros da sala, ouviram-se passos no corredor, e logo o dono destes passos surgiu. Um rapaz alto e austero, com os cabelos cor de lavanda, em um corte arrepiado. Ele usava um uniforme simples, negro, com o símbolo da Fundação GRAAD em seu braço direito. O rapaz parecia ter por volta de 20 anos, arriscando no máximo 25 aparentes. Ao seu lado, dois cavaleiros de aço muito fortes e de porte avantajado cobriam seus flancos. Gentilmente, o rapaz caminhou até uma posição da qual todos podiam vê-lo e se apresentou:

https://images.app.goo.gl/knLrKftU21NWhRQ67

- Saudações nobres santos da Confraria de Athena. Eu sou Shoutaro Kido, líder da Fundação GRAAD. Eu gostaria de me reunir com vocês e conversar sobre os ocorridos desta noite. Podemos?

[E chega o rapaz, o atual chefão da GRAAD. Será que ele é legalzão ou malzão? Vamos ver em frente. Ah, e logo logo, vamos triangular esse negócio. Ordem de Postagem, segue a mesma.

Calíope
Lygia
Mikall
Sunao

E vamos em frente que atrás vem gente. Ou as vezes pelos lados também...]

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 K0PiodO


A amazona de pavão era extremante simpática e isso ajudava Caliope a “relaxar”, ao contrário de Corvo e Orion. Caliope foi ensinada que em uma missão o grupo deveria estar sincronizado, todos deveriam se conhecer. Ela era a estranha naquele ninho, mesmo Lydia tentando enturma-la.  

O futuro havia chego e Hank andava em sua direção, Lira esboça um sorriso, ele era outro que tentava conversar. Talvez ele e Lydia pensassem igual ela. O cavaleiro de lobo não parecia ser tão sociável, mas estava se esforçando e Caliope admirava seu esforço.

Por um momento, sua atenção recai sobre o cavaleiro de corvo que, juntamente com Lygia, se afasta deles. Assuntos pessoais ou talvez algum detalhe surpresa na missão.  

Ter a audição aguçada vezes era uma benção, outras uma maldição. Caliope já havia escutado coisas importantes que a ajudaram em alguns momentos da vida, mas também escutara coisas que não precisava e nem gostaria de saber. E agora ela vivia um momento constrangedor e indesejável.  

Apesar da distância que o casal tomou, ela ouvia toda a conversa. O sorriso se desfaz e, institivamente, olha para os dois com uma face um pouco assustada. Sacode a cabeça devagar, como se tentasse espantar alguma coisa, depois volta a olhar Hank e tenta manter o sorriso no rosto.

- Foi bem treinado. Tenho certeza que é só uma tática. Quando mais o inimigo pensar que está manso, mas fácil o ataque. – Caliope tentou amenizar a brincadeira que o cavaleiro faz com seu fiel companheiro, que estava visivelmente ofendido com o comentário. . – Estou certa, Keeva?

Hank tentava deixá-la confortável, talvez tivesse percebido sua timidez. Ótimo, ela tinha que trabalhar aquilo.

-Podemos sim, será muito mais fácil caso algo não saia como planejamos. É sempre bom ter um plano B.
Ela ainda escutava o casal distante, mesmo não querendo, mesmo tentando focar em Hank. Ela escutou tudo e aquilo a deixou extremamente desconfortável.  Caliope escuto também os passos de alguém chegando, mas isso todos ouviram.

“Preciso pedir desculpas a Lydia e conversar com ela sobre isso...” Pensou enquanto observava o jovem que adentrava no local.

O atual líder do GRAAD parecia ser bem jovem. Sim, Fraser achava que era velho, talvez com uns 50 anos. A jovialidade do rapaz a surpreendeu. Lembrou do que seu avô dizia “Idade não quer dizer nada. A sabedoria se adquiri com experiências. Erros e acertos. A pessoa pode ser velha e nada ter cultivado, pode ser nova e ter passado por tantas coisas.”

Sorria e tentava abstrair o que havia escutado.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Estalei a língua contra o céu da boca, em entediada decepção. Nem eu, nem Mikall havíamos acertado o que se passava no intimo do cavaleiro de aço. Antes que eu pudesse procurar mais alguma coisa pra me distrair, fora Sunao que fizera seu movimento, e nós tivemos a conversa mais esquisita que eu me lembrava de já ter tido com ele.

Era engraçado o tipo de preocupação dele, e, se não o conhecesse melhor, me perguntaria se ele estaria com ciúmes, e eu ri diante daquele cenário. Quando uma onda de choque correu por minha espinha.

O quão afiado estaria o ouvido daquele lobo...? Soltei a respiração ao ver que a atenção dele estava no outro canto da sala, em Calíope. Mas ao olhar para a amazona, eu senti uma onda de... embaraço? Haviam notas de culpa e desconforto, como a de alguém que testemunha algo que não gostaria. Pensando bem, ela havia comentado algo sobre ouvir bem...

Quando nossos olhares se cruzaram, eu tive a certeza de que ela não estava nada confortável. Mordi o canto do lábio inferior, tentando imaginar o que a estaria deixando daquele jeito, quando a porta se abriu, e nosso anfitrião finalmente se apresentou.

Shoutaro Kido... você é muito mais novo do que eu poderia pensar. E que estilo era aquele? Uniforme escolar e gel no cabelo? Ele não era tão novo assim... Para alguém tão importante, ele bem que poderia se vestir um pouco melhor.

Deixei meus olhos passearem pelos seguranças ao redor dele, e não pude resistir a erguer uma sobrancelha. Qual era a fixação dele com esses cavaleiros de aço? Inconscientemente, passei a mão sobre a cicatriz em minhas costelas. Sim, eu não era parcial naquela avaliação.

O convite dele parecia sugerir uma troca de cômodos. Mas esperar uma autópsia durante um jantar não era uma combinação muito agradável. A segunda opção era a de que ele esperava um convite para sentar num cômodo de sua própria casa, e era igualmente absurda à primeira.

Sorri diante da pergunta retórica, ajeitando minha franja. Alguém precisava fazer a diplomacia ali.
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Kitagawa.Natsu.full.492074
- Lygia, amazona de Pavão. – eu me aproximei casualmente, estendendo uma mão, um cumprimento completamente civil, apesar de ter apresentado minha patente militar - Obrigada por sua hospitalidade e por vir ter conosco pessoalmente, mesmo com uma agenda tão atribulada quanto à do líder da fundação GRAAD.


Última edição por Lygia em Dom Out 27, 2019 1:15 pm, editado 1 vez(es)

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Mikall escreveu:
- Entrando escondido alí Lygia? Tomaria um certo cuidado, Ele parece ser bem jovem, provavelmente é a primeira vez que vê uma Amazona. E logo duas de Prata? A já esperada admiração, somada a beleza de vocês duas... Tem  certeza que quer ler a alma dele Agora?


Parece que o tempo separado me fez perder um pouco da dinâmica de conversa com a Lygia, falar aquilo não a deixou desconfortável, muito pelo contrário, parece que só a deixou com mais vontade de fuçar os segredos daquele pobre garoto!

Mas pela leve decepção não foi nada do que ela esperava, dou uns tapinhas no ombro dela, quando estou prestes a perguntar como ela tem passado, ela ela move rapidamente os olhas para direita chamando minha atenção de volta para Sunao...

do decorrer dos anos de treinamento Sunao nos ensinou sinais simples para nos comunicarmos sem chamar atenção:

- Coçar a temporã Direita: Lygia venha falar comigo.

- Coçar a temporã Esquerda: Mikall venha falar comigo.

- Coçar a o meio da testa: Os dois venham falar comigo.

- Tocar o queixo com o polegar antes de coçar qualquer parte: Não é nada só estou coçando.

O último código era ridículo, mas ele é bem metódico, e se ele está usando esses códigos entre companheiros é porque deveria ser algo que só Lygia deveria ouvir. Talvez algo importante sobre a missão ou sobre as dúvidas que levantei com ele em relação a GRAAD. Paramos o que seria nosso "reencontro dos irmãos" para que ela fosse conversar com ele. fico pensando um pouco em tudo que aconteceu hoje, o que essa minha nova vida espera.

Calíope e Lobo já conversavam a um tempo, imagino seria estranho ir lá agora...

- <Suspiro> Bem Janela, acho que seremos só nós dois mesmo.

Mas antes que eu pudesse ter meu momento relaxante...

[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Shoryu
- Saudações nobres santos da Confraria de Athena. Eu sou Shoutaro Kido, líder da Fundação GRAAD. Eu gostaria de me reunir com vocês e conversar sobre os ocorridos desta noite. Podemos?

Parece que a chuva teria que ficar para outro dia, estava na hora de ter algumas respostas da fundação GRAAD.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Após deixar Lygia partir, O cavaleiro de corvo aguardou alguns instantes e foi logo atrás. Estava se perguntando se era mesmo necessário tomar este tipo de cuidado, se não estava excessivamente cauteloso, mas decidiu que por hora era isso mesmo. Estava um pouco confuso com a quantidade de sensação que não conseguia suprimir 
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Urabok11
 - como o insistente e inquietante impulso em olhar para o decote de Lygia - algo que nunca em sua vida sequer deu importância. Sempre notara o perfume no ar a linguagem corporal e tudo isso pura e simplesmente por estratégia e estar sempre um passo a frente, mas desde o encontro com Dharta e Fan, tem se sentido muito, muito estranho e isso estava lhe irritando a nível de desejar socar uma parede.
 - Como se desliga isso? - ele murmurou para si mesmo de forma interrogativa. 
Talvez devesse ter com Hank também e procurar deixar os detalhes do plano mais críveis. mas do jeito que estava a confusão poderia ser muito maior. Lygia ao menos o conhecia bem para saber interpretar que o seu desejo era no bom andamento do plano. Mas vá saber o que os outros pensariam? Mikall já estava lhe importunando a algumas semanas com qualquer coisa que tivesse a ver com Celestine e Imeriya.
Ao menos agora ele entendera o nível de ironia de forma mais técnica, talvez devesse conversar sobre isso com ele, não acho que ficar contemplando janelas seja saudável para sua saúde mental.


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Luka_t10


Com a mente cheia de perguntas, Localizou o cavaleiro de Lobo e Calíope Interagindo, por algum motivo achou que esta não era uma boa hora para falar de mús...
Deixou o ar sair resignado e puxou um lenço do bolso de traz para limpar o rosto, seus instintos estavam gritando por uma série de frivolidades que antes não importavam e isso era ruim.
Em algum momento de seus devaneios, Shoutaro Apareceu na sala junto a dois Steel Saints:


- Saudações nobres santos da Confraria de Athena. Eu sou Shoutaro Kido, líder da Fundação GRAAD. Eu gostaria de me reunir com vocês e conversar sobre os ocorridos desta noite. Podemos?


 Sunao vinha logo atrás de Lygia e optou por deixar a interação inicial com ela. Era melhor para quebra o gelo:


 - Obrigada por sua hospitalidade e por vir ter conosco pessoalmente, mesmo com uma agenda tão atribulada quanto à do líder da fundação GRAAD. 


Após a amazona de pavão se apresentar Sunao achou melhor fazer o mesmo. Não desejava minar a autoridade dela neste momento, mas era melhor mostrar para os seus pupilos, que ele já conhecia o presidente e que a omissão dessa informação fora com o intuito de não dar armas aos possíveis  inimigos infiltrados, cautela excessiva? talvez...


 - A Quanto tempo Shoutaro-San - Ele estendeu a mão logo após Lýgia - continua com este visual datado, perguntaria se tem treinado mas estamos mais interessados em saber o que tem para nós sobre o incidente - com um semblante genuínamente aberto ele virou a cabeça para Lygia, devolvendo a ela o comando da ação dali em diante.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyShoutaro Kido, o Líder

more_horiz
Keeva bocejou ao lado de Caliope, como se concordasse com as respostas dela. Hank ficou ao lado da amazona, mas logo se levantou ao ver a presença do estranho, movendo suas narinas com calma e suavidade, mas de forma perceptível. Mikall se manteve próximo à janela, enquanto Lygia e Sunao se adiantaram, um se apresentando, um cumprimentando.

A todas as reações, Shoutaro manteve seu sorriso. Ele apertou a mão de Sunao acaloradamente, com um afeto demonstrado visivelmente. Para Lygia, ele retribuiu o cumprimento com uma mesura, respondendo os dois ao mesmo tempo:

- Servir a Confraria dos Sagrados Cavaleiros de Athena é além de um dever, uma satisfação para a Fundação. Qualquer outra coisa na esfera global pode esperar quando a Deusa que a protege solicita auxílio, Mestra Pavão. E sim, de fato, muito tempo, Sunao-Sama, tenho praticado bastante, chego a afirmar que dominei o princípio. Nem de longe se equipara a vocês, óbvio.

Os cavaleiros de aço ladearam os cavaleiros que se adiantaram e mantiveram suas posturas. Fidelidade plena, foco e determinação vazava de seus corpos. Já Shoutaro mostrava uma expressão tranquila e um sorriso plácido enquanto conduzia os cavaleiros para outro cômodo. Mas o sorriso não disfarçava. Shoutaro parecia preocupado com o ataque. Enquanto caminhava, andando em direção ao andar superior da mansão, ele ia falando:

- Nossos inimigos usam Sombras. Não sei se estão familiarizados com o termo. Sombras são as armaduras dos Dark Saints, inimigos de longa data do Santuário. Pensamos ter erradicado esta ameaça, mas ao que parece, não. Já tínhamos ouvido relatos de Steel Saints agindo de forma ilícita, mas estas armaduras de aço não sairam daqui e tampouco são das forças militares que utilizam nosso projeto. Traçando um paralelo, são como armas com a numeração riscada para nós. Shoutaro continuou, enquanto, abria uma porta com um cartão de plástico encostando-o em um visor.

- Mas Sombras novamente, isto é sem precedentes. Nós também estamos preocupados com o estado dos corpos, mas já mostrarei a vocês.

Ele se voltou para os cavaleiros antes de prosseguirem.


- Dúvidas até aqui?


[E Shoutaro chega explicando o lance! Curtiram ou não?

Segue a ordem de postagem:

Calíope
Lygia
Mikall
Sunao

E vambora, por que agora, como diria Capitão Nascimento "O bagulho vai ficar louco"]

Última edição por Youta em Ter Out 29, 2019 2:08 pm, editado 1 vez(es)

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 K0PiodO


Caliope não era de fazer aquilo, mas analisou o sujeito que entrara na sala dos pés a cabeça, seus movimentos e o jeito de falar.

“Mas que babação de ovo...” Pensou enquanto observava Sunao e Shourato se cumprimentarem.  A amazona apenas acena com a cabeça, mantém sua postura e seu lugar. Como o cavaleiro de corvo demonstra conhecimento, a jovem acredita na confiança que ele passa, assim como todos ali, vai acompanhando o Líder do GRAAD até outro cômodo.

Entretanto, algo a incomodava ali. Talvez fosse os cavaleiros de aço que os escoltavam. Desde que aquele outro entrou na sala que estavam, o incomodo crescia em Caliope.

Agora era um daqueles momentos em que sua audição a ajudaria. Prestava atenção em tudo que Shourato dizia, mas ao mesmo tempo, caçava algo que pudesse tirar proveito, fosse para dar razão a sua paranoia ou confronta-la.

Os lobos possuíam uma audição quase igual a dela. Ela, que permanece ao lado de Keeva e Hank, acaricia a cabeça do animal e ...

- É já ouvi algumas coisas cobre os Dark Saints.... – Faz carinho no lobo e dá uma piscadela para o mesmo. Será que ele entenderia o que ela estava escondendo por trás daquela fala? Se conseguisse, Caliope torcia para que a mensagem fosse propagada ao seu dono. Apesar de sua estratégia, o tom de voz da amazona era o de uma criança curiosa, simpático e doce.


“Vamos Keeva, me ajude a ajudar!” Torcia por dentro.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Mestra Pavão? Sério?

Ok, ele poderia parecer novo, mas eu poderia apostar que Shoutaro tinha uma alma de ao menos 84 anos. Mas a familiaridade com a qual ele tratou sunao sim me surpreendeu. Mesmo parecendo conhecidos a algum tempo, ele ainda desconfiava do outro? E por que nunca nos mencionou um contato tão importante?

Isso era o Cavaleiro de Corvo para vocês...

Conforme ele avançava com as amenidades e cortesias, eu me permiti "sentir" os brutamontes que nos cercavam. E eles eram tão retos que parecia que tinha um cabo de vassoura enfiad...

Youta escreveu:
[b]- Nossos inimigos usam Sombras. Não sei se estão familiarizados com o termo.


A voz de Shoutaro me despejou de meus devaneios, conforme ele nos convidava para sair do salão. Mas o que realmente captou minha atenção era o tremular do nervosismo ao redor dele.

Aquela situação o preocupava profundamente. Algo não fora previsto; eu só não sabia se era o ataque, ou o resultado dele.

Shoutaro dava suas explicações conforme andávamos. Caliope comentava sobre já ter ouvido falar desses tais cavaleiros negros, o que me surpreendeu um pouco. Aquilo eram apenas registros velhos. Quem se preocuparia com aquilo?

Agora, quem mais havia tecnologia para fazer armaduras de aço além da fundação GRAAD?

- Alguma armadura foi roubada da Fundação? - eu indaguei, pensativa, enquanto observava a segurança apertar cada vez mais - E o que você quer dizer com o estado dos corpos?... - algo me dizia que eu iria me arrepender de fazer aquela pergunta.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
TECNICA escreveu:
Nome: 6º Sentido

Tipo: Constante

Descrição: Por conta  de seu cosmo elétrico e as altas cargas que passam pelo seu corpo involuntariamente Mikall criou um campo elétrico ao seu redor. com o passar dos anos esse campo se expandiu. Hoje ele consegue sentir onde e quando acontecerão terremotos, maremotos ou tempestades. Aliado a um estudo sobre comportamento humano ele pode ler as reações das pessoas (Não é 100% pois o próprio estudo de comportamento não se a plica a todos, portanto deixarei a leitura das pessoas a critério do Mestre) E por fim esse campo torna praticamente impossível que ele seja pego de surpresa (Digo praticamente pois no universo de SS sentir a chegada de alguém mais forte não significa que vou desviar de todos os seus ataques)


No momento que Shoutaro pisou no meu campo comecei a analisá-lo. Posição dos braços, postura, gestos com as palmas das mãos, olhar... Qualquer coisa que pudesse entregar alguma mentira ou ocultação. Não iria vacilar, se no passado até o santuário foi corrompido por um líder perverso, essa fundação não estaria livre disso.

Shoutaro escreveu:
- Nossos inimigos usam Sombras. Não sei se estão familiarizados com o termo. Sombras são as armaduras dos Dark Saints...

[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 313?cb=20161112150337&path-prefix=pt

- Familiarizado? Creio que não existe um único aprendiz no santuário que não tenha sido aterrorizado por histórias desses renegados.

Shoutaro escreveu:
...Traçando um paralelo, são como armas com a numeração riscada para nós.

- Podendo ser usado por vocês sem terem que prestar contas ao Santuário.

Shoutaro escreveu:
- Nós também estamos preocupados com o estado dos corpos, mas já mostrarei a vocês. Dúvidas até aqui?

- Estado dos Corpos... Será que meu pequeno rampante atrapalhou algo na investigação? Se for o caso terei que pedir desculpas. mas boracos em rostos são nossa menor preocupação agora...

Lygia começa as indagações...
Shoutaro escreveu:
- Alguma armadura foi roubada da Fundação? E o que você quer dizer com o estado dos corpos?


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Bs_zpsryxfdavq
- E o mais importante, porque o inimigo tinha uma informação privilegiada como o local e o momento de nossa chegada?

Você até pode ser inocente sobre tudo isso Shoutaro. Mas só significa que é um líder incompetente demais pra não perceber uma traição de seus subordinados.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
 - Se existe uma coisa com a qual sempre conto, são imprevistos - Sunao se premitiu pensar voltando a postura. - Sei muito bem que Shoutaro é confiável, nestes anos todos nunca vi nada que o desabone. e não creio que o Grande mestre cometeria um erro de julgamento. ainda mais ELE. 
No entanto...
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 86189
...Estas pessoas confiáveis são os prováveis alvos de algum trâmite conspiratório. se houver um. Mas o que aconteceu exatamente? - O cavaleiro de corvo não mudou sua postara, observando Shoutarou e Lygia interagindo. dentro do seu campo de visão, Calíope dizia algo ao keeva, mas a distancia e a posição dela não lhe permitiram ouvir ou mesmo tentar uma leitura labial,
- Alguma armadura foi roubada da Fundação?  - Lygia iniciou as perguntas de esclarecimentos enquanto sunao observava os Steel Saints próximos para manter a segurança se voltou a Shoutaro para ouvir a sua resposta: 
   - ...Nós também estamos preocupados com o estado dos corpos, mas já mostrarei a vocês.
 - Claro! - Sunao voltou aos seus devaneios -  o estado dos corpos, eles vão nos dar muitas pistas de...

...
  ...

    ...o estado dos corpos...

[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Luka-Crosszeria-Zess-K6qFVxMPz-b
... Oh Droga...


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Giphy

- E o mais importante, porque o inimigo tinha uma informação privilegiada como o local e o momento de nossa chegada? - Realmente, Sunao chegaria a esta pergunta de qualquer forma. Ao menos Mikall usou de sua conhecida sensibilidade para perguntar quando algo o aborrece de verdade. E o cavaleiro não poderia deixar de fazer minha pergunta também, embora todos estivessem fazendo uma atrás da outra:
 - Você deve saber que armaduras similares as dos Steel Saints estão sendo usadas por aí não é? E isso deixa não só a questão confusa como também coloca a Fundação GRAAD numa situação muito ingrata...

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyShoutaro sem Amparo

more_horiz
[Instalações da Fundação GRAAD – Arredores de Wichita – Kansas - 21 PM]
 
Shoutaro continuou caminhando, ouvindo todos os questionamentos dos cavaleiros que ali estavam. Ele os guiou por um corredor sinuoso, que lentamente começou a mudar seu estilo clássico e iluminado para um corredor mais limpo e asséptico.
 
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Mansio10

Passando pela porta, eles logo se depararam com uma complexa estrutura que lembrava um reator ou uma câmara, com um líquido suspenso nela. Shoutaro continuava a guiá-los, passando por estes cômodos, até chegar em uma nova série de portas, estas já mais adequadas ao novo padrão da mansão.
 
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Lab_do10
 
Entrementes, Hank olhou para Calíope, como se entendesse que o comentário fosse para ele e moveu as narinas, como que mostrando que estava não só ouvindo, mas farejando. O que quer que isto quisesse dizer, Calíope não captou todo o significado.
 
Enquanto caminhavam, Shoutaro foi novamente bombardeado com as suspeitas dos cavaleiros. Ao ouvir os questionamentos dos três, o líder se deteve antes de continuarem avançando e girou nos próprios calcanhares, se voltando para encarar os cavaleiros. Ele dispensou sua segurança, os dois homens que ladeavam os Santos e então continuou os encarando. Um esgar de uma série de emoções passou pelo líder, mas mesmo aqueles que não eram como Lygia, sentiram a emoção que vazou pela curto suspiro que Shoutaro deu.
 
Exasperação.
 
O homem, do alto de sua posição, olhou os cavaleiros atentamente e começou a responder, pausadamente, às dúvidas deles. Estava agora mostrando certa impaciência, como se aquilo o desagradasse. Lygia sentiu, e somente ela, um tom de mágoa nos sentimentos de Shoutaro, uma pitada de orgulho ferido perpassou por ele também.
 
- Nobres Cavaleiros, eu entendo que estamos todos nervosos e preocupados com a situação. Mais a sua ânsia de encontrar respostas e culpados está nublando sua percepção!
 
Senhorita Lygia, eu não acabei de reportar que NENHUMA armadura de aço saiu daqui? Shoutaro frisou a palavra “nenhuma” da frase e prosseguiu. Também ficara evidente que o Mestra Pavão ficara lá atrás junto com a cordialidade inicial.
 
- Eu acredito que, se fosse produzida aqui, nós saberíamos da “numeração riscada” como citei. E com certeza, teria me lembrado de mencionar se nós tivéssemos sido subtraídos de nossas armaduras de aço.
 
Ele então se voltou para Mikall, ainda exasperado.
 
E Senhor Cavaleiro que não se apresentou ainda, Zuchero já os informou que nós também fomos pegos de surpresa! A Fundação não conta com Cavaleiros do nível dos senhores e nem de qualquer nível para protegê-la e uma vez que a encarnação de Athena não está mais nas instalações, somos suscetíveis a um ataque de pares mais fortes que nós!
 
Por fim, se virou para Sunao e concluiu:
 
E Sim, Sunao-sama, assim como informei, eu estou ciente de que usuários de armaduras de aço estão cometendo crimes e já reportei que nós não sabemos a origem destas armaduras de aço. A Organização das Nações Unidas forçou a Fundação a partilhar suas descobertas com a humanidade, sobre pena de crime de guerra se a tecnologia não fosse liberada. Eu mandei uma comunicação pedindo orientação ao Santuário e o Grande Mestre disse que os humanos necessitavam deste tipo de proteção e de qualquer jeito, a tecnologia foi desenvolvida por Mitsumasa Kido, ou seja, pertence ao mundo dos humanos.
 
- Agora, se desejam que a Fundação GRAAD se defenda como um exército contra nossos inimigos eu peço, por favor, que solicitem ao Grande Mestre que envie Cavaleiros para ficarem de olho nas instalações ao redor do mundo! Pois sem nossas Armaduras de Aço, somos apenas humanos comuns com algum treinamento. Não podemos nos defender de Dark Saints, por que não somos Cavaleiros!
 
O Líder da Fundação GRAAD respirou fundo, repetidas vezes para recuperar o controle, para enfim, responder a última pergunta sem resposta, vinda de Lygia:
 
– Vamos adiante e eu mostrarei o estado dos corpos, Senhorita Lygia.
 
A amazona, que estava acostumada a sentir emoções, sentiu claramente as de Shoutaro. Frustração, exasperação, até mesmo medo passavam pelas linhas emocionais dele. Ela sabia que eles o tinham assustado. Eles eram o exército de Athena e se eles não podiam protegê-lo, ou ainda, se desconfiavam dele, ele não sobreviveria em uma guerra contra inimigos do Santuário. Mikall captou as mesmas linhas com sua habilidade, tal qual Sunao com sua análise. Até mesmo Calíope ouviu o coração de Shoutaro acelerar e sua respiração descompassar, dado o medo que sentia. Mas o que quer que fossem fazer, ficaria ao seu critério.
 
Passando pela sessão de portas, os cavaleiros chegaram a um novo painel de estudos, onde eram vistos diagramas das armaduras de aço em suas telas. Assim pensando, eles cruzaram mais uma porta e enfim chegaram a uma sala.
 
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Lab_ro10 
 
Shoutaro então passou pelos painéis e enveredou por uma sala, esta cheia de macas com corpos sobre elas. Eles já haviam sido separados de suas armaduras, e jaziam nas macas com uma equipe médica ao seu redor. Mesmo em meio aos trajes cirúrgicos, os cavaleiros conseguiam reconhecer Zuchero, o homem que os transportara até a Mansão. E então, os olhos recaíram sobre os corpos.
 
Os corpos estavam marcados pelos ataques, mas nada de estranho até ali, até que olharam para os rostos dos inimigos. Seus orbes estavam completamente queimados e seus ouvidos e narizes tinham marcas de sangue coagulado, idênticas às daquele infeliz que haviam capturado. Era como se tivessem sofrido outro ataque após o ataque de Sunao. Alguns deles tinham sido analisados mais a fundo, de forma que era possível ver serras trabalhando em sua caixa craniana.
 
Shoutaro novamente se voltou para eles e disse:
 
- Ainda estamos verificando para ver se encontramos algum sinal de identificação deles, como marcas de nascença ou coisas assim. Agora, eu não sei se alguns de vocês têm técnicas que atacam a mente, mas isto foi um dano cerebral direto, como se alguma coisa tivesse fritado o cérebro deles por dentro. O resto do corpo tem sinais de luta, mas o cérebro foi literalmente torrado. Quem quer que seja o inimigo, não quer que saibamos nada dito por seus asseclas.
 
O líder da fundação então se voltou aos painéis e mostrou alguns diagramas. Neles, mostrava-se a composição das armaduras dos santos que os haviam atacado. E então, entre as indicações e flechas, eles perceberam certa taxa do metal que iniciara a missão. Shoutaro então disse:
 
- Essas armaduras foram feitas de Oricalco. Elas realmente têm o mesmo potencial que as armaduras de bronze de Athena. Se os senhores não tivessem detido o ataque, a Fundação teria sido massacrada por um possível ataque deles. Mas felizmente, os senhores chegaram e os detiveram.
 
- Eu ainda não sei quem os mandou, é possível supor de onde vieram. Com este material, eles só poderiam forjar em um vulcão tão forte quanto o da Ilha da Rainha da Morte. O Kīlauea, no Havaí, é tão potente quanto, e está perto o bastante dos Estados Unidos para ter virado uma forja destas. Com base nestas suspeitas, eu rastreei as últimas aparições de Steel Saints ilegais e a maior incidência delas foi nos EUA.

Com isto, eles tinham uma provável localização dos inimigos. Mas é claro que não era o bastante, pois como Shoutaro mesmo havia dito, era uma maior incidência, não a única incidência. Mas já era um passo dado adiante. O que os cavaleiros fariam com esta informação?
 
[Olha só! Informação nova e fresquinha chegando! O que será que aguarda nossos cavaleiros com esta nova informação? Ordem de postagem segue a mesma, que é
 
Calíope
Lygia
Mikall
Sunao
 
E como diria o próprio Pégaso anterior ao fórum: Me dê sua força!]

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 K0PiodO


Aos poucos, aquele quinteto descompassado, ia tomando forma. Sunao e Lyga iam a frente, Mikaill ao meio, ela , Hank e o lobo atrás.  O líder da GRAAD os guia por novos caminhos, largando o lado conservador da casa e passando para o mais tecnológico e que combinava mais com a atualidade. Tudo parecia um cenário de filme, os containers grandes com líquidos esquisitos,  cômodos igualmente estranhos.  


Logo após seu comentário, Hank deu sinal de quem havia entendido o que quis dizer, porém, também faz um sinal no qual ela não compreendeu muito.  A postura de Shoutaro muda, era como se ele descesse de um altar e se misturasse ao povo. Calíope observa os guardas indo embora, ergue uma das sobrancelhas. O que ele faria agora?

O rapaz mostra  suas fraquezas, ele não sabe lidar com a pressão. Como subiu ao cargo? Calíope agora julga., ouvia seus batimentos, o medo tomando conta do corpo mesmo que este tente não demonstrar.  

Nervosos? Ninguém ali estava nervoso,  ela não estava e os outros também não demonstravam estar.  Calíope mantém sua postura, escuta o que ele tem a dizer, mas também procura por outras vozes.

Ele responde todas as perguntas e tenta explicar, algo que, para Caliope, Shoutaro tentava acreditar no que dizia. Ok. Ele pode não ter produzido, mas será que não havia alguém desviando essas armaduras. Ou até mesmo algum empregado replicando?

O medo dele aos poucos se transformou em impaciência e até um pouco de raiva. Ela queria dizer “Calma, querido. A gente só tá querendo ajudar”, mas limitou-se apenas a suspirar fundo.

Depois desse momento um tanto quanto dramático, eles finalmente chegaram ao local mais importante. O cenário parecia aqueles filmes de terror no qual as vítimas foram possuídas e não conseguiram sobreviver. Eram imagens horríveis de ver.

- Desculpe, senhor, mas alguma das suas equipes já rastreou os locais ou , perdão por dizer, você deseja que alguns Cavaleiros vão até lá?- disse calma e doce. -  Veja bem, assim que terminarmos amanhã, podemos nos dividir e ir até esses dois lugares. Ou posso falar diretamente com minha mestra e pedir que mandem Cavaleiros. 

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyOperação Panos Quentes

more_horiz
Cada vez que Mikall abria a boca, eu arregalava os olhos. Sutileza era algo tão difícil assim?! Sunao também não estava ajudando muito com o seu eu-não-quero-dizer-que-a-culpa-é-sua-mas...

E então, eu senti um turbilhão de emoções girando conforme Shoutaro girava sobre os calcanhares. Mais do que satisfeita, o vi dispensar seus seguranças. A expressão do rosto dele não combinava em nada com o seu interior e ele não ia durar muito.

Aparentemente, Shoutaro também sabia disso, pois foi só ver sozinho no corredor conosco que ele desabou.

Youta escreveu:
Senhorita Lygia, eu não acabei de reportar que NENHUMA armadura de aço saiu daqui? Shoutaro frisou a palavra “nenhuma” da frase e prosseguiu. Também ficara evidente que o Mestra Pavão ficara lá atrás junto com a cordialidade inicial.



Agora sim estamos falando com um ser humano de verdade. Aposto que até o final daquele tour eu o fazia perder o "senhorita" da frase também. Compartilhei um risinho ao ouvi-lo devolver o desaforo a Mikall. Escutei pacientemente o desabafo dele, para só depois avançar com minhas dúvidas conforme andávamos para a próxima sala. Ou essa era minha intenção, mas a pontada de julgamento que me atingiu a nuca me fez olhar para trás no momento que Caliope falava :

Calíope escreveu:
- Desculpe, senhor, mas alguma das suas equipes já rastreou os locais ou , perdão por dizer, você deseja que alguns Cavaleiros vão até lá?- disse calma e doce. -  Veja bem, assim que terminarmos amanhã, podemos nos dividir e ir até esses dois lugares. Ou posso falar diretamente com minha mestra e pedir que mandem Cavaleiros. 



Ouch! Apesar de imperceptível no tom de voz dela, a ironia tingia o ar num vermelho digno do rubor de vergonha, o suficiente para que eu erguesse uma sobrancelha, numa privada concordância com ela. De fato, aquele tipo de comportamento era inesperado, quase reprovável. Mas no final do dia... ele era apenas humano. E todos os humanos têm medo de morrer.

Preferi não dar muita chance de Shoutaro pensar nos significados ocultos daquela colocação, e me aproximei o suficiente para que nossos antebraços se tocassem levemente.

- Nenhuma mesmo? Nem mesmo durante baixas em campo? Peças perdidas dadas como destruídas? - eu perguntei o mais compreensiva possível, querendo mostrar que minha insistência não era movida por desconfiança dele, mas por um genuíno esforço de exaurir todas as outras possibilidades. Propositadamente, eu evitei a palavra "morte". Ele já estava assustado o suficiente - A qualidade do trabalho deles é digna de excelente espionagem industrial. Mais do que poderia ser possível com simples instruções de patentes.

Mas o assunto do origem das armaduras poderia ficar para depois, pois eu estava prestes a ter uma das minhas perguntas respondidas. Aquilo era... no mínimo inusitado. Não... Nenhum de nós poderia ter infligido aquele tipo de dano. O que significava que alguém havia, de uma distância que nenhum de nós havia sido capaz de detectar, completamente destruído os cérebros de todos aqueles corpos. Aquilo era MUITO dano psíquico para ser feito de tão longe, de forma que olhei preocupada para os meninos. Não podíamos ter ninguém lendo nossas mentes durante a exposição para o plano funcionar. Ou pior, cair no mesmo tipo de armadilha.

E então, um arrepio me correu pela espinha. Será que o nosso prisioneiro não havia feito aquilo consigo mesmo? Ele sabia que estava sendo assassinado, e mesmo assim defendia seus superiores?! Que tipo de lavagem cerebral era aquela?!

Confirme Shoutaro cogitava a possibilidade de nós não termos derrotado aquele grupo, eu senti outra onda de medo varrer seu espírito. Pelo o que entendi dos breves cumprimentos que ele trocara com Sunao, ele próprio era cosmo dotado. O que significa a que ele possuía uma clareza nítida do abismo de poder entre nós.

Por um segundo, me senti um pouco mal pelo interrogatório que o fizemos passar logo de começo. Mas ele nos mostrou telas com diagramas das Sombras, e aquele segundo de fraqueza passou.


Youta escreveu:
- Eu ainda não sei quem os mandou, é possível supor de onde vieram. Com este material, eles só poderiam forjar em um vulcão tão forte quanto o da Ilha da Rainha da Morte. O Kīlauea, no Havaí, é tão potente quanto, e está perto o bastante dos Estados Unidos para ter virado uma forja destas. Com base nestas suspeitas, eu rastreei as últimas aparições de Steel Saints ilegais e a maior incidência delas foi nos EUA.


- Sempre quis conhecer o Havaí. - eu comentei casualmente, aproveitando o braço dobrado de Shoutaro para passar o meu próprio braço por dentro do dele, como se observássemos um quadro numa galeria, e não planos de guerra - De fato a proximidade é extremamente conveniente, mas também é extremamente movimento, não? Seria difícil conduzir esse tipo de operação por lá... A ilha da rainha da morte tem um grande apelo histórico para esse tipinho, sem contar que é remota e isolada, um excelente covil tropical. Mas também, quem iria pensar em procurar um civil de bandidos num ponto turístico como o Havaí?... - eu cogitava, batendo o dedo induzir contra meu próprio queixo, sem soltar o braço dele.

Ao mesmo tempo em que eu falava, suaves ondas de cosmo desprendiam do meu corpo, como que tentando anular o tremular do medo de Shoutaro. Pouco a pouco, como um reconfortante carinho maternal na cabeça, eu pretendia limpar a alma dele daquele medo. Nós estávamos ali, e mais nada de errado iria acontecer. Eu desprendia uma quantidade mínima de cosmo, que facilmente passaria despercebida, caso os outros não estivessem prestando atenção. EU não pretendia lutar contra Shoutaro; mas se ele se permitisse, eu acabaria com aquele mal-estar, trazendo um pouco de conforto para o espírito dele, e quem sabe até claridade para sua mente.

- Os dois lugares parecem boas escolhas. Acho que para isso, precisamos seguir a trilha do oricalco. - eu conclui, olhando para o restante do grupo - O que acham? Se conseguirmos descobrir o contrabandista é o destino da mercadoria, termos uma boa chance de achar esses cópias baratas de cavaleiros, não?

E fora só até ali que meu raciocínio havia chego. Não me agradava a ideia de partir às cegas, e nosso foco principal ainda era obter informações, mas oc erco parecia fechar ao nosso redor cada vez mais rapidamente.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
Shoutaro escreveu:
...E Senhor Cavaleiro que não se apresentou ainda, Zuchero já os informou que nós também fomos pegos de surpresa! A Fundação não conta com Cavaleiros do nível dos senhores e nem de qualquer nível para protegê-la e uma vez que a encarnação de Athena não está mais nas instalações, somos suscetíveis a um ataque de pares mais fortes que nós!


Escuto as palavras daquele rapaz. O que até então parecia uma parede, começa a se soltar e exibir seus verdadeiros sentimentos.

[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 67f4b0f4c537018f608ce62e5ccc2ffd61e8558d_hq
- DARVO*... Tipico de um executivo.

Mas uma brecha tinha sido aberta e ela não deixaria isso passar...

Lygia escreveu:
- Nenhuma mesmo? Nem mesmo durante baixas em campo? Peças perdidas dadas como destruídas? A qualidade do trabalho deles é digna de excelente espionagem industrial. Mais do que poderia ser possível com simples instruções de patentes.


Eu nunca fui bom em performance teatral. Só sabia ser eu mesmo. Era óbvio que ele negaria qualquer acusação vinda da minha "cara amarrada". Mas Lygia?  Esse sorriso idiota e a descarada invasão de espaço pessoal alheio dela  podiam fazer qualquer um falar mesmo o que não queria.

Shoutaro escreveu:
- Eu ainda não sei quem os mandou, é possível supor de onde vieram. Com este material, eles só poderiam forjar em um vulcão tão forte quanto o da Ilha da Rainha da Morte. O Kīlauea, no Havaí, é tão potente quanto, e está perto o bastante dos Estados Unidos para ter virado uma forja destas. Com base nestas suspeitas, eu rastreei as últimas aparições de Steel Saints ilegais e a maior incidência delas foi nos EUA.


Mais um local para investigar, parece que essa será uma longa missão. deveria ter trazido alguns livros.


*Usado no estudo de psicologia e Ciências comportamentais, DARVO (“Deny, Attack and Reverse Victim and Offender” – Ou, em tradução livre, “Negar, Atacar e Inverter Vítima e Agressor”, o que formaria o acrônimo “NAIVA”) se refere à reação que agressores, podem mostrar em resposta a serem responsabilizados por seu comportamento. O perpetrador ou agressor pode Negar o comportamento, Atacar o indivíduo que o confronta e Reverter os papéis de Vítima e Agressor, de forma que o agressor assume o papel de vítima e converte a verdadeira vítima em alegado agressor. Mikall ironiza quando pensa "Tipico de um executivo" pois o termo é muito usado em casos de assédio sexual, geralmente de patrões com suas empregadas.

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
O Cavaleiro de Corvo permaneceu em silêncio depois de das respostas de Shoutaro. É claro, uma patente humana é livre para ser usada por toda a humanidade, mas ainda assim o protótipo das armaduras de Steel Saints foram baseadas nos modelos do santuário. De qualquer maneira, não era hora de entrar em debate corporativo. Faria isso com Shoutaro em outra oportunidade. Não poderia perder mais tempo, assustado como estava, era óbvio que o executivo não sabia de nada, e mesmo que soubesse, ninguém ali poderia se mover em mach 3 e chegar no portal antes dos Steel Saints.

embora estivesse em suas conjecturas, ainda prestara bastante atenção na conversa e portanto a última respostas de Shoutaro lhe dera a melhor pista:



- Eu ainda não sei quem os mandou, é possível supor de onde vieram. Com este material, eles só poderiam forjar em um vulcão tão forte quanto o da Ilha da Rainha da Morte. O Kīlauea, no Havaí, é tão potente quanto, e está perto o bastante dos Estados Unidos para ter virado uma forja destas. Com base nestas suspeitas, eu rastreei as últimas aparições de Steel Saints ilegais e a maior incidência delas foi nos EUA.


 O cavaleiro aguardou até a característica pausa após a respostas se mostrasse e usou este momento para falar:

 - Visto que temos uma pista e um ponto onde procurar com shoutaro san, Creio que já temos muito do material que viemos procurar, mas há mais uma coisa que preciso. Poderia esvaziar esta sala e mandar seus funcionários para outro lugar? preciso de apenas 5 minutos shoutaro san. O senhor e os demais podem ficar. - 

Considerando que shoutaro acatou o pedido de Sunao, o cavaleiro afrouxou a gravata  a foi andando até o meio da sala do necrotério, enquanto um brilho avermelhado e cintilante foi se formando a partir do meio da retina mantendo um contorno negro ao final dela. Mikall e Lygia já estavam acostumados com Sunao, mas muito provavelmente ficariam surpresos, pois seria a primeira vez que veriam uma habilidade do cavaleiro que não fosse a Share Sensus, já o restante sentiria um calafrio, 
 - Calíope, isole a sala com seu cosmo, por favor. - Embora calma, a voz do cavaleiro de corvo agora estava carregada, como se imersa em um local com eco e seu som era como aqueles efeitos fantasmagóricos em filmes. Contudo, pelo fato da amazona de Lira estar presenciando e sentindo o cosmo do cavaleiro de forma agourenta, agora sua voz soava dúbia, como se o som viesse por trás de uma porta ou de algo mais profundo. 


Soava como algo sobrenatural. 


Por Fim, ele entoou uma espécie de prece:


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Sunao_11

Veni ad me, non est sicut somnus ad quietem,
 pacem tuam mihi et exaudi me adducere quaestiones.
Ego loquor externis vocavit.



[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Sunao_12
O cavaleiro apontou para um dos cadáveres que estavam numas das macas, o efeito visual era como uma corrente branca envolta em uma energia negra brotou do peito do corpo na maca como um ramo de cipós porém com com um comportamento sumulando o bote de um ofídio, e a ponta se dirigiu ao chão abrindo no espaço uma espécie de espiral que se assemelhava muito mais com uma poça de algo negro, onde a forma ectoplásmica do cavaleiro negro surgiu com uma corrente cravada em seu peito.  
Sunao escreveu:
Nome: Sermum In Quod Externus (Conversa com os "de fora")
Tipo: Passiva.
Descrição: Sunao é capaz de ver espíritos e conversar com eles com alguma concentração. Também é capaz de trazê-los para uma curta mensagem antes de permiti-los partir. O cavaleiro não controla muito bem essa habilidade, mas com esforço, é capaz de detectar se há espíritos em um lugar ou não e ver o rastro deixado por um espírito. Esta habilidade foi aprendida através do cavaleiro de Virgem no Entrementes "Reflexos do Passado".


Sunao deu dois passos lentos em direção à alma recém evocada, abaixando a mão que até então usou como fetiche para ordená-la a se mostrar, e ainda de forma imperativa com o rosto rígido e o olhar injetado, ele continuou o ritual de evocação:


[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 Luka
- Não há vínculos, entre sua existência agora com outrem, não há dor para que possas se martirizar e nem o tempo que o obrigue a apodrecer, mas sua pendência conosco é imensa e exige respostas.

Apesar dos outros cavaleiros não saberem, as palavras imperativas anteriores eram apenas parte de um ritual, como um mantra. Estas palavras não serviam para dar ordens ao espírito, estava usando esta habilidade depois de muito tempo, então seu controle sobre a técnica era básico.
 Naquele momento, o cavaleiro esperava um êxito maior do que no interrogatório anterior. Ele tinha ciência de que os cavaleiros negros em vida não responderiam sem "algum incentivo". Porém, na morte, todos poderiam ser neutros, principalmente mortos no cumprimento do dever, por isso ordenou Mikall a eliminar todos os que restassem vivos. Era um risco calculado.
O cavaleiro sinalizou para os outros após concluir o ritual para que se aproximassem. a alma ficaria ali por um tempo limitado. E concentrado em se manter como âncora, faria uma pergunta, mas daria aos outros tempo de fazê-las também.

Com a voz já em sua forma normal, Sunao começou:

 - Cada um de nós tem uma pergunta, eis a minha primeiro: Qual o nome daquele quem lhe deu uma causa a qual lutar?

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyA volta dos Mortos.

more_horiz
Shoutaro terminou sua explicação, apenas para ver que dois cavaleiros dos cinco ainda expunham dúvidas em relação à sua conduta. Mikall não parecia satisfeito com o “não sei” de Shoutaro, além da pitada levemente irônica de Calíope com seu “perdão por dizer”. Shoutaro ouviu os novos questionamentos dos cavaleiros e finalmente, após um longo suspiro, o empresário desvencilhou o braço que Lygia havia tomado para si, olhando para ela com um olhar de reprovação que dificilmente um homem da idade que ele aparentava teria e se afastou, garantindo um espaço que ela não havia respeitado. Ele pareceu recuperar um pouco a compostura perdida com a pressão feita por eles e suas emoções pareceram se controlar de novo. E então, Shoutaro olhou atentamente para Mikall, Lygia e Calíope e respondeu, mais uma vez:
– Senhores, um ataque direto à Fundação GRAAD não acontece há décadas. Literalmente. O último ataque aconteceu há 80 anos atrás, em uma época onde o Santuário passou por atribulações em sua chefia. De forma que os Cavaleiros de Aço que protegem a Fundação têm sido suficientes para a segurança da mesma. Esta é a primeira vez em quase um século de que a Fundação é atacada por cosmo dotados. E a informação que eu lhes passei, Senhorita Calíope, eu descobri pouco antes de chegarem, de modo que não tive tempo hábil de mandar ninguém investigar estes lugares. Eu não posso exigir ao Grande Mestre do Santuário que envie Cavaleiros a lugar algum, mas acho que dificilmente minha milícia tem força para lutar contra os Dark Saints. E isto também responde sua pergunta, Senhorita Lygia. Nunca lutamos contra nada que não tivéssemos força para sobrepujar. Não houveram baixas em combate desde aquela época que já citei, nós não entramos em combate desde aquela época. Sobre espionagem industrial, como eu disse, os projetos de armaduras mais básicas foram encaminhados às Nações Unidas. Não é impossível imaginar que algum engenheiro com a planta em mãos possa fazer algumas alterações.
– Mas é claro que o ataque ocorreu aqui por incompetência da minha parte. Eu pessoalmente irei me comunicar com o Grande Mestre do Santuário e pedir por instruções, ou mesmo por reforços. Também reunirei todos os meus funcionários para serem interrogados pelos senhores até estarem satisfeitos.
Shoutaro ouviu então a requisição de Sunao após Lygia dar sua ideia sobre o Havaí e disse, se voltando para seus funcionários:

– Vocês ouviram o homem. Se retirei pelo tempo que ele precisar. E depois desta ordem, o Líder da Fundação concluiu:
- Eu mesmo irei organizar todos os soldados para o interrogatório. Se o senhor Hank puder vir comigo, seria melhor para assegurar que os meus funcionários não recebam instruções que os senhores não estejam cientes.
Com estas palavras, Shoutaro saiu da sala, seguido por seus funcionários, Hank e Keeva deixando os quatro prateados a sós.
Foi então que Sunao fez uso de sua habilidade. O efeito visual impressionante e o calafrio que todos sentiram os fizeram ter certeza de que aquele espírito era realmente de um dos executados.
Ele parecia em boa forma, como se fosse uma pessoa completamente nova e diferente do cadáver explodido deitado na maca.
Ele ouviu a pergunta de Sunao e simplesmente respondeu, com uma voz profunda:
- Annis Xarhoћ.
Agora os cavaleiros tinham um nome para investigar. Hora da pergunta do próximo.
[Termina por aqui mais uma postagem. O nome dito pronuncia-se assim: Âníz Zár-róqui. Ordem de postagem para continuarem a extrair informações do morto:
Calíope
Lygia
Mikall
Sunao
E vamos lá. Pois logo logo, a serenidade triangulará os corações de vocês.]

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 K0PiodO


Shoutaro parecia não confiar neles, quer dizer, o único confiável a sua visão era Sunao. Qualquer pergunta ou ação que ela e os ouros dois tivessem, eram vistos de forma desagradável. Tudo bem, Caliope o julgará por um instante, mas estava tentando ajuda-lo e apaziguar aquele clima.  Apesar de todas explicações dele, algo estava estranho, mas logo eles descobririam. Sunao dá a ordem, a jovem de olhar doce acena com a cabeça em afirmação.

Respira fundo, aos poucos todos na sala começam a sentir o cosmo da amazona de lira. Seus braços se movem em desenhos de círculos, sentem um vento- mesmo que ali não houvesse janelas abertas ou qualquer outro lugar por onde o vento entrasse. Caliope movimenta um dos braços como se jogasse algo para cima. O ar, misturado ao cosmo deu um tom azul prateado aos círculos e os jovens ali puderam ver o momento em que se criou uma proteção o redor deles na sala.

- Pronto! Nada entra, escuta ou sai dessa sala sem que eu queira, senhor Sunao. – Talvez ele não soubesse, talvez não fosse aquilo que ele queria, mas foi o melhor que ela pode fazer.

Logo foi a vez do Cavaleiro de Corvo mostrar suas habilidades. O lugar resfriou, um arrepio subiu a espinha, todo aquele ritual, parecia que alguma alma penada iria aparecer ali e assusta-los. De fato, foi mais ou menos isso que aconteceu, porém ao mesmo tempo existia uma coisa de bonito naquilo tudo, sem tirar o ar macabro.

4 perguntas. Tão pouco e tantas perguntas. Na verdade, não sabia bem o que perguntar, tinha medo de fazer a pergunta errada.

- Vamos ,lá... -  suspirou profundamente -  Aonde você conseguiu sua armadura?

description[Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira. - Página 2 EmptyRe: [Capítulo I] Em casa de Ferreiro, Espeto de Madeira.

more_horiz
privacy_tip Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
power_settings_newInicie sessão para responder